Aqui está uma cena típica da Amazônia no Vale do Rio Jurua, onde ocorre o seu afluente Eiru, altamente produtivo em borracha quando da época do extrativismo. A casinha que se vê, é construida de Paxiuba, um tipo de palmeira que os seringueiros abatiam e, davam muitos golpes com machados em seu tronco no sentido de seu comprimento. Feito estes cortes, então o tronco é aberto e se extrai seu interior deixando apenas a casca que é de 2 cmm de espessura, mas de uma resistencia impressionante. Depois de aberta ela fica com a largura de uma tábua de 40 cmm, as vezes menos, as vezes até mais, e com estas peças, são construidas as casas, piso e paredes. O telhado é feito de um tipo de palha chamada Caranaí, é uma pequenina palmeira, da qual se extrai as folhas que então são trançadas, em uma ripa de Paxiuba, geralmente com tres metros de comprimento e amarradas sobre paus roliços que dão formato ao telhado. Os obstáculos que se vê no meio do Igarapé, são comuns, pois são árvores caídas que na época da seca, entulham o leito do riacho não permitindo o transito nem de pequenas canoas. Estas casas eram construidas as vezes bem distantes da margem do rio maior, e seus donos tinham que percorrer seis horas ou mais a pé, para ir fazer compras no barco do seringalista que passava a cada quinze dias. Assim era conveniente abastecer a casa de mercadorias não perecíveis na temporada das águas, para evitar transtornos e sofrimentos. A borracha que se produzia nestes Centros era retirada no fim do ano, e o seringalista costumava mandar empregados irem até lá para verificarem a situação de produção de seus mora
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