Sempre no inverno [para nós o inverno não é o periodo de Frio, mas sim o das águas grandes.] eu me reuno com alguns amigos, e vamos pescar, em Seringais que conhecemos bem abaixo de nossa Cidade, pela possibilidade de pescar nos imensos Igapós que o Rio forma, por conta de sua varzea muito larga. É nesta ocasião que sobem as grandes piracemas de peixe, entre eles as Matrinchãs, consideradas pelo nosso povo um peixe nobre, pela excelencia de sua carne. Elas sobem sempre procurando as costas das terras firmes onde existe mais fartura de caça para elas. Mas lá também, estão oos grandes Jacarés Açu, os Negros que marcam territorio de caça e procriação e que ficam semppre perambulando na área. Quando sentem a presença de intrusos, eles emitem urros muito altos, como aviso de que alí é seu território. Neste dia estavamos pegando muito peixe, e nossas redes não tinham sido atacadas por nenhum deles, o que é um tanto comum, e então ouvimos: o mais alto urro que ja ouvi em minha vida, paracia um touro enraivecido. Fiquei apreensivo, pois sei da capacida destruitiva que tem estte aanimal quando ataca, e foi então que um de meus amigos, estupidamente, para se exibir, imita de dentro de uma das nossas pequenas canoas, o som dos Jacarés, de imediato falei com meu amigo que isto era perigoso, mas não adiantou e o moço repetiu o som, logo, da orla do mato oonde estavamos surgiu uma onda de água e ele apareceu: era um imenso Jacaré Açu, talvez com mais de cinco metros, pois só sua cabeça deveria ter noventa centimetros. Ele emergiu e ficou a uns cinco metros nos fitando. As árvores nos igapós estão dentro da água e eu mandei que bem devagar colocassem as canoas perto delas e que subissemos rápido para os galhos; isto foi feito mais o irresponsável rapaz imitador, ao sentir-se seguro tornou a urrar, o monstro entendia como desafio, e ele que havia afundado, surgiu ao lado da canoa que estava encostada em uma árvore e desferiu uma possante rabada, que partiu parte da sua popa. Nestas alturas, o "corajoso" imitador estava pálido e no galho mais alto. Por conta desta brincadeira, ficams mais de quatro horas presos nos galhos sem poder sair, e só o fizemos quando depois da dar muitoss tiros de espingarda, fomos ouvidos por um morador da região que veio em uma canoa maior e nós pudemos recolher as redes e ir embora.
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